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Polícia desmonta esquema que simulava terapias infantis para fraudar planos de saúde

  • Foto do escritor: B+News
    B+News
  • 13 de out.
  • 2 min de leitura

Investigação aponta que grupo chegou a solicitar reembolsos de até R$ 1,7 milhão por atendimentos fictícios a crianças com autismo. Durante a operação, foram apreendidos joias, celulares e dezenas de tênis de luxo.


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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na última quinta-feira (25), uma operação que desarticulou um grupo suspeito de aplicar fraudes milionárias em planos de saúde por meio de atendimentos falsos a crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).


Segundo as investigações, as suspeitas falsificavam documentos e apresentavam pedidos de reembolso referentes a terapias que nunca foram realizadas — ou executadas de forma parcial.


Batizada de Operação Sidelines, a ação é resultado de uma apuração iniciada em setembro de 2023. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Paulista, na Região Metropolitana do Recife.


De acordo com o delegado Carlos Couto, da Delegacia de Piedade (Jaboatão), o grupo simulava atendimentos multidisciplinares em crianças com autismo, gerando documentação falsa para justificar os pedidos de reembolso.

“Reuniam relatórios e comprovantes de serviços prestados de forma incompleta ou sequer realizados, e solicitavam os reembolsos junto às operadoras de saúde”, explicou o delegado.

As investigações já identificaram duas crianças utilizadas no esquema. Em um dos casos, o grupo chegou a receber R$ 640 mil de um pedido de R$ 900 mil. No outro, o plano de saúde desembolsou R$ 1,4 milhão de um total solicitado de R$ 1,7 milhão — somando R$ 2 milhões de prejuízo apenas nesses dois episódios.


Durante o cumprimento dos mandados, os agentes apreenderam documentos, celulares, agendas profissionais, joias e certificados de uma joalheria avaliados em R$ 120 mil, além de cerca de 40 pares de tênis de luxo, estimados em R$ 80 mil.


Entre as investigadas estão duas psicólogas, duas fisioterapeutas e a mãe de uma das crianças, apontadas como integrantes do grupo responsável pela fraude.


A operação contou com 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. O material apreendido será submetido à perícia para confirmar se algum dos serviços foi efetivamente prestado ou se todas as solicitações eram fraudulentas.



 
 
 

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